quinta-feira, 20 de julho de 2017

Alcino


Alcino Neves dos Santos Filho, conhecido no futebol como Alcino, carioca, atuava como centroavante. É considerado por muitos, o maior ídolo da torcida remista. Com 158 gols marcados, é o 2º maior artilheiro da história do Clube do Remo.

Vindo do Madureira-RJ, o centroavante de 1,94 m jogou pelo Leão de 1971 a 1975. Foi Campeão da Taça Norte e do Campeonato Nacional Norte-Nordeste em 1971 e Tricampeão Paraense Invicto em 1973, 1974 e 1975.

Alcino foi artilheiro do Campeonato Paraense em 1973 com 7 gols, em 1974 com 12 gols e em 1975 com 21 gols.

Na Série A: marcou 3 gols em 1972, 8 gols em 1973, 10 gols em 1974 e 12 gols em 1975. Totalizando 33 gols.

No Clássico RexPa, Alcino disputou 34 partidas e marcou 17 gols. Venceu 17 e perdeu apenas 5 jogos. Sendo expulso em 3 Clássicos.

Consagrado pela torcida e imprensa com a alcunha de Negão Motora, Alcino coleciona inúmeros causos no futebol paraense. Conhecido pela vida boêmia, Alcino costumava frequentar bares e boates nas vésperas dos jogos, entretanto entrava nos jogos e geralmente garantia a vitória para o Leão. 

Alcino viveu como um popstar, de maneira extravagante e excêntrica, misturando o talento para o futebol com uma vida conturbada e cheia de passagens folclóricas.

Já como atleta do Madureira (RJ), ele se envolveu em um assalto e veio a Belém para não ser preso. Conseguiu vaga no Remo e não demorou para ser aclamado pela torcida. 

Folclórico, sempre deixava sua marca em Clássicos. Em um RexPa em 1972, no campo da Curuzú, ele invadiu a área, driblou o goleiro Délcio e, antes de marcar o gol, sentou na bola. Acabou expulso de campo. Na saída, fez gestos obscenos (mostrando a genitália) para a torcida alviceleste. 

Manchete de A Província do Pará: Alcino volta ao TJD por sentar na bola
Em outro causo, Alcino, um grande fã de John Travolta, amanheceu dançando na boate Papa Jimmy, famosa em Belém nos anos 70, às vésperas de um jogo. Chegou ao estádio acabado, pediu para dormir um pouco e acabou saindo no braço com o técnico azulino Paulo Amaral, o seu algoz com quem mantinha uma relação de amor e ódio. Apesar do arranca-rabo, entrou em campo e marcou dois gols. Só para depois comemorar a vitória abraçado com Amaral como se nada tivesse acontecido

Por outro lado, era capaz de rir em situações difíceis, como em um acidente de trânsito. O carro dele era uma Maverick, sem o banco traseiro, por conta da sua altura. Na rua, ele acabou colidindo com outro carro e viu o motorista do veículo atingido sair em disparada para ameaçá-lo. Alcino saiu do carro e amedrontou o ameaçador por conta de sua altura. No final das contas, o então atacante do Remo caiu na gargalhada e ganhou, na ocasião, um amigo. 

No Rio Negro-AM, onde se aposentou em 1983, em mais um episódio envolvendo embriaguez, o atacante roubou o ônibus com toda a delegação dentro e acabou atropelando um homem.

Em junho de 2017 foi lançado um livro contando a história do craque, escrito por Mauro Tavernard: Alcino Negão Motora, A História do Gigante do Baenão.

Em jogo válido pela Série A de 1975, Remo 2x2 São Paulo. 
O primeiro gol do jogo foi marcado por Alcino, um dos raros registro do atacante em ação pelo Leão.

Reportagem do programa Loucos por Futebol da ESPN sobre Alcino

Reportagem sobre Alcino, exibida pelo SBT Esporte Pará em 2015

A seguir reunimos algumas imagens do grande Alcino em sua passagem pelo Leão:






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